O Fim do Homem Soviético
de Svetlana Aleksievitch
Enquanto no Ocidente ainda se recorda a era Gorbatchov com alguma simpatia, na Rússia há quem procure esquecer esse período e o designe por a Catástrofe Russa. E, desde então, emergiu uma nova geração de russos, que anseia pela grandiosidade de outrora, ao mesmo tempo que exalta Estaline como um grande homem.
Com uma acuidade e uma atenção únicas, Svetlana Aleksievitch reinventa neste magnífico requiem uma forma polifónica singular, dando voz a centenas de testemunhas, os humilhados e ofendidos, os desiludidos, o homem e a mulher pós-soviéticos, para assim manter viva a memória da tragédia da URSS e narrar a pequena história que está por trás de uma grande utopia.
«Soberbo. A palavra falada transforma-se em literatura.»
France Culture
«Svetlana Aleksievitch tem o dom de desfiar a existência humana.»
Femina
«Um magnífico mausoléu em homenagem a um tempo desaparecido.»
Le Monde
«O homo sovieticus existe. Svetlana Aleksievitch encontrou-o.»
Le Figaro Littéraire
«Um grande livro […], ao mesmo tempo infinitamente doloroso e vibrante.»
Télérama
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 978-972-0-04740-3 |
Editor: | Porto Editora |
Data de Lançamento: | abril de 2015 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 152 x 235 x 31 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 472 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > História > História em Geral Livros em Português > Literatura > Ensaios Livros em Português > Política > Política em Geral |
EAN: | 978972004740317 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |
Essencial
Ana Rato
Um registo fundamental para perceber a história recente, magistral da parte da autora e muito cru ao mesmo tempo.
Livro de grande interesse
João Labareda
Trata-se de um livro imprescindível para conhecer a experiência daqueles que viveram no mundo soviético, antes, durante e depois da sua queda. As diversas histórias recolhidas pela autora ao longo dos anos são ora chocantes, ora fascinantes, ora surpreendentes. O livro oferece-nos uma viagem entre o quotidiano e a mentalidade do "homem soviético" que merece ser lida.
Literatura no seu melhor
Emílio Miranda
Para quem queira conhecer a história recente da Grande Rússia. Um relato cru, a partir de testemunhos verdadeiros. Todos os livros desta autora são dignos de uma leitura atenta e este não é excepção. Merecido Prémio Nobel de uma mulher que soube fazer do testemunho pessoal o melhor da literatura universal. Se ler este vai querer ler os outros. E não se vai arrepender.
Um relato real e verdadeiro
MHelena Horta
Não se trata de um romance histórico, mas sim da organização de relatos verdadeiros, de pessoas que viveram (n)a antiga União Soviética e que nos fazem (re)pensar o que é afinal o socialismo.
Uma visão quase inteiramente feminina.
Manuel N.
Um livro único, um livro onde através da opinião de dezenas e dezenas de mulheres russas ficamos a conhecer melhor uma sociedade que em muitos aspetos é bastante diferente da nossa. Recomendo.
História recente
PP
Um livro fundamental para compreender a história recente da Rússia.
O Fim do Homem Soviético
Luís António Ribeiro
O que mais impressiona neste livro é a sua clareza narrativa, que tem o condão de nos transportar para os acontecimentos relatados, na primeira pessoa, como se os estivéssemos a viver 'in loco'. De uma profunda nostalgia, traz ao de cima (na primeira pessoa) o descontentamento face ao novo mundo russo daqueles que sonharam o comunismo estalinista enquanto verdadeira utopia, dos saudosistas do império soviético. Revela, sobretudo, a profunda dicotomia que ainda hoje se vive na Rússia: a memória de um passado soviético, poderoso, imponente mas trágico, e a realidade presente, claramente capitalista, corrupta e consumista. Uma obra imprescindível para quem quiser entender a Rússia de hoje e o seu papel no mundo. Recomendo vivamente.
Indispensável
Maria João
No ano em que se assinala o centenário da Revolução Russa, O Fim do Homem Soviético de Svetlana Alexievich é leitura obrigatória para ajudar a compreender a forma como o sistema soviético se introduziu na cidadania do país. De forma magistral, a autora transporta-nos para o mundo pós-soviético, fazendo-nos a entender como o desmoronar do regime representou também o fim de algo dentro dos habitantes das várias repúblicas soviéticas.
Uma obra para ler e reler.
Sónia
Através de "O Fim do Homem Soviético", obra nitidamente de carácter patriótico, Svetlana Aleksievitch relembra uma época bem conhecida da História Russa. Rompendo com os axiomas construídos ao longo do tempo, a autora apresenta ao leitor sentimentos bastante contraditórios relativamente à política de Estaline: apresenta-a, por um lado, como prejudicial para os cidadãos, e por outro considera os seus benefícios. Os contrastes desta abordagem fazem com que, no fim da obra, esteja construído um sentido totalmente abrangente, que leva o leitor, no caso português, a considerar os benefícios da ditadura salazarista ou de outras semelhantes. Uma obra em que o leitor se sente o protagonista de uma história envolvente, que termina com a referência ao "Fim dos Tempos", obra bem conhecida do pintor e musicólogo Messiaen.
Retrato de uma sociedade ideologicamente formatada
Pedro Duarte
Este livro consegue simultaneamente apresentar estados de alma contraditórios nos cidadãos da ex URSS. Esta dicotomia assenta por um lado em sentimentos de repulsa de uma forma de Estado na procura incessante e na defesa de uma liberdade, e por outro lado, em sentimentos de perda de algo, que na sua actual confrontação com uma economia de mercado capitalista, deixa saudades e nostalgia relativamente a antigas formas de vida culturalmente mais consistentes e colectivamente mais unida no orgulho patriótico como sociedade de vanguarda tecnológica e por essa via também, uma sociedade temida internacionalmente.
É possível um homem novo?
António Cardoso Magalhães
"O fim do homem soviético" relata-nos um tempo e um fim conhecidos, mas mais do que isso um tempo e um fim ao mesmo tempo ricos e dramáticos, pela simbologia e pelo despertar de novas visões sobre o que parecia certo e eterno. Ler e reler este livro fará certamente pensar que é possível um mundo novo em que o Homem e o Indivíduo terão que estar SEMPRE em 1º lugar.