Os Limites da Interpretação

de Umberto Eco

editor: Difel, abril de 2004
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Estes ensaios viajam entre a crítica da tradição hermética, os alquimistas a Guénon, a exploração das interpretações mais incontroladas de Dante, Leopardi, ou Joyce, as confissões pessoais do autor como leitor dos intérpretes de O Nome da Rosa e de O Pêndulo de Foucault, até às situações limite em que, perante duas Giocondas, se trata de estabelecer qual é a autêntica. Os ensaios discutem os limites da interpretação, os casos de excessivo dispêndio de energia interpretativa, e os critérios de uma economia da literatura.
Ataque polémico a muitas (embora não todas) práticas de "desconstrução", o livro poderá ser entendido como uma inversão de marcha em relação a Obra Aberta em que, há trinta anos, se privilegiava provocatória e pioneiramente a recepção e a interpretação. Mas Obra Aberta já insistia numa dialética entre a iniciativa do intérprete e a fidelidade à obra, enquanto hoje se dá um crédito excessivo à liberdade incontrolada do intérprete. Trata-se, portanto, de restabelecer uma tensão entre a intenção do leitor e a intenção da obra (enquanto a intenção do autor permanece fantasmática e inatingível).
O princípio da semiose ilimitada (objecto das investigações de Eco do Tratado de Semiótica Geral a Lector in Fabula e Semiótica e Filosofia da Linguagem) não é a celebração de uma deriva incontrolável do sentido, mas sim condições de acordos, embora provisórios e falíveis, por parte de uma comunidade de intérpretes que respeitam a coerência semântica de uma obra. Se as interpretações de um texto podem ser infinitas, isto não significa que todas sejam "boas". E se não se pode decidir quais são as "boas", contudo é possível dizer quais são as inaceitáveis.

«Eco continua a ser um autor poliformo e fascinante, pela diversidade dos rumos que a sua escrita percorre. É um livro apaixonante sobre os limites da literatura e o que se pode designar por dispêndio de energia interpretativa.»
Jornal de Letras

Os Limites da Interpretação

de Umberto Eco

Propriedade Descrição
ISBN: 9789722906982
Editor: Difel
Data de Lançamento: abril de 2004
Idioma: Português
Dimensões: 148 x 225 x 47 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 428
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Ensaios
EAN: 9789722906982
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
Umberto Eco

Escritor e homem de letras italiano, Umberto Eco nasceu a 5 de janeiro de 1932 em Alessandria (Piemonte) e morreu a 19 de fevereiro de 2016. Pouco se sabe sobre as suas origens e a sua infância, salvo que revelou extrema precocidade ao doutorar-se pela Universidade de Turim com apenas vinte e dois anos de idade, em 1954, apresentando para o efeito uma tese consagrada ao pensamento filosófico de São Tomás de Aquino "O Problema Estético em S. Tomás de Aquino".
Entre 1954 e 1959 desempenhou as funções de editor cultural na famosa cadeia de televisão estatal italiana RAI, lecionando também nessa altura nas universidades de Turim, Milão e Florença e no Instituto Politécnico de Milão. Com apenas trinta e nove anos de idade foi nomeado professor catedrático de Semiótica pela Universidade de Bolonha, a mais conceituada do seu país.
Começou a escrever nos finais da década de 50, contribuindo para diversas publicações periódicas com uma série de artigos que seriam reunidos em volumes como "Diario Minimo" (1963, Diário Mínimo), "Il Costume di Casa" (1973), "Dalla Periferia Dell'Impero" (1977) e "Il Secondo Diario Minimo" (1992). O seu início de atividade ficou também marcado por obras como "Opera Aperta" (1962) e "Apocalittici E Integrati" (1964, Apocalípticos e Integrados).
Mantendo uma carreira editorial bastante completa e ativa, Eco não deixou de publicar estudos académicos sobre Estética, Semiótica e Filosofia, dos quais se podem destacar "La Definizione Dell'Arte" (1968), "Le Forme Del Contenuto" (1971), "Trattato Di Semiotica Generale" (1976), "Come Si Fa Una Tesi Di Laurea" (Como Fazer Uma Tese de Doutoramento, 1977) e "Arte E Bellezza Nell'Estetica Medievale" (1986), obra que lhe valeu vários e conceituados prémios literários. Em 1980 publicou o seu primeiro romance, "Il Nome Della Rosa" (O Nome da Rosa), obra que foi imediatamente considerada como um clássico da literatura mundial. Contando as andanças de um monge do século XIV que é chamado a uma abadia beneditina para solucionar um crime, Eco restabelecia a velha contenda entre o mundo material e o espiritual. A obra foi adaptada com sucesso para o cinema em 1986, pela mão do realizador Jean-Jacques Annaud.
Bastante popular, sobretudo nos meios mais eruditos foi o seu segundo romance, "Il Pendolo Di Foucault" (1988, O pêndulo de Foucault), em que Eco contrapunha o hermetismo e a cosmologia aos potenciais da informática e aos perigos do crime organizado.
O público acolheu com mais modéstia "L'Isola Del Giorno Prima" (1995, A Ilha do Dia Antes), romance em que Roberto della Griva, um aristocrata do século XVII, desperta numa embarcação à deriva no Pacífico Sul, e "Baudolino" (2000, Baudolino), obra também pertencente ao género do romance histórico.

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