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A Lã e a Neve

de Ferreira de Castro

editor: Cavalo de Ferro, junho de 2022
Horácio, jovem pastor de Manteigas, volta à Serra depois da tropa em Lisboa decidido a mudar de vida. Deixar o pastoreio, fugir da miséria e empregar-se numa fábrica de tecelagem é o sonho que lhe permitirá ter uma vida digna junto de Idalina, e formar uma família só sua.

Ascende à condição de operário e casa-se, mas vê-se obrigado a viver num casebre. A lã é também um trabalho duro. O horizonte continua estreito. Entretanto, a guerra rebenta e outros operários nutrem a esperança de um mundo melhor para os deserdados da fortuna...

Contando-se entre os livros de maior sucesso do autor, A Lã e a Neve é, indiscutivelmente, um dos grandes romances da literatura portuguesa do século XX, com o estatuto de clássico intemporal: ao mesmo tempo crónica de um regime político e social que marcou o nosso país, e romance de formação onde a paisagem se funde com o homem.

A Lã e a Neve

de Ferreira de Castro

Propriedade Descrição
ISBN: 9789896234829
Editor: Cavalo de Ferro
Data de Lançamento: junho de 2022
Idioma: Português
Dimensões: 152 x 226 x 25 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 360
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789896234829
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muito realista

Marcelo

Grande obra, intemporal pela mensagem que passava daquela altura, de problemas sociais que se mantêm praticamente inalterados, tirando o passar fome, todos entraves que se colocam no caminho daqueles que buscam o sonho de uma vida melhor existem ainda. Destaco o elevado grau de precisão e realismo, dos lugares, das localidades, das ruas, dos espaços, de uma Covilhã industrial dos anos 40, onde não faltava trabalho mas continua a haver miséria, onde a vida de um operário e a de pastor não tinha assim tantas diferenças.

Ferreira de Castro

José Maria Ferreira de Castro nasceu em Ossela, Oliveira de Azeméis, a 24 de maio de 1898. Oriundo de uma família de camponeses pobres, fica órfão de pai aos oito anos e emigra, em 1911, com doze anos e a instrução primária, para o Brasil. Por algumas semanas trabalha em Belém do Pará, mas não tarda a ser expedido para o interior da selva amazónica. Permanece ali quase quatro anos, tempo em que escreve contos e crónicas que envia para jornais do Brasil e de Portugal. Com 14 anos redige Criminoso por Ambição, o seu primeiro romance que, mais tarde, aquando do seu regresso a Belém do Pará, em 1916, publica em fascículos e vende de porta em porta. Lança-se igualmente no jornalismo, colaborando assiduamente em jornais e revistas do Brasil.
Já senhor de grande fama no jornalismo brasileiro, decide, após o intenso contacto com os seus compatriotas lhe ter feito renascer as saudades da pátria, regressar a Portugal em 1919 com apenas quatrocentos escudos no bolso. O êxito obtido no Pará é, contudo, totalmente ignorado em Portugal. Vive períodos de absoluta miséria e passa dias inteiros sem comer quando reinicia a sua dupla faina de repórter e escritor. Em 1934, decidirá abandonar o jornalismo, devido à censura prévia nos tempos difíceis da ditadura. Mais tarde afirmaria que «(...) a censura tem, porém, uma virtude: é demonstrar quanto vale ser um homem livre, um povo livre!» (in Mensagem, 1946)
Publica, em 1928, o romance «Emigrantes» e «A Selva» em 1930, acompanhados de estrondoso êxito nacional. Sobre estes livros, o crítico literário Álvaro Salema, em artigo publicado no jornal O Comércio do Porto, de 12 de maio de 1953, afirma: «A publicação de "Emigrantes", em 1928, fixou uma data na história literária portuguesa, que é também um ponto de partida decisivo. (...) Ferreira de Castro desvendou com "Emigrantes" e logo a seguir com "A Selva" um novo roteiro para a criação literária no romance, na novela e no conto (...)».
Seguir-se-á, a um ritmo regular, a publicação de outros romances: «Eternidade» (1933), «Terra Fria» (1934), «A Tempestade» (1940), «A Lã e a Neve» (1947). No período imediato ao pós-guerra, Ferreira de Castro torna-se um dos autores mais lidos em Portugal e no estrangeiro - onde a literatura portuguesa pouca expressão tinha. As suas obras estão editadas com sucesso em mais de dez línguas (em França é traduzido por Blaise Cendars) e, com a 10.ª edição de «A Selva», atinge a fasquia de meio milhão de exemplares vendidos em todo o mundo com um só livro.
Durante este mesmo período, Jaime Brasil publica o opúsculo Os Novos Escritores e o Movimento Chamado «Neo-Realismo», reivindicando para Ferreira de Castro a condição de iniciador — e não apenas precursor — do realismo social na literatura.
A fama e o reconhecimento do autor não mais cessarão de crescer. Em 1949, a sua editora, a Guimarães, inicia a publicação das Obras Completas do autor, ilustradas por nomes como os de Júlio Pomar, Keil do Amaral, Sarah Affonso, Artur Bual, João Abel Manta, entre outros.
Nos anos cinquenta publica, entre outros, os romances «A Curva da Estrada» (1950), «A Missão» (1954) e «O Instinto Supremo» (1968).
Ferreira de Castro foi, por diversas vezes, proposto para o Prémio Nobel e, por outras, recusou sê-lo, em detrimento de outros escritores portugueses.
Ferreira de Castro morre no Porto a 29 de junho de 1974. Apenas um ano antes a UNESCO anunciava que «A Selva» estava entre os dez romances mais lidos em todo o mundo.
Consagrado como uma das maiores figuras da literatura portuguesa, sobre ele escreveu Óscar Lopes: «foi o primeiro grande romancista português deste século que se determinou por problemas objetivos e não apenas por impulsos íntimos».

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