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Antes de ser convertido em símbolo da nacionalidade ou em paradigma do poeta genial, Luís Vaz de Camões foi quase tudo quanto um homem podia ser no tempo em que viveu. Um estudioso e um humanista. Um sedutor que perseguiu amores proibidos. Um cortesão e um boémio, movimentando-se entre as casas dos grandes senhores e as ruelas da cidade. Um desordeiro, frequentemente envolvido em arruaças, que se viu atirado para a prisão. Um soldado que combateu no Norte de África, de onde saiu mutilado, perdendo um olho, e depois na Ásia, onde passou dezassete anos, naufragou e escapou à morte. Um viajante deslumbrado com os mundos que as viagens marítimas revelaram ao Ocidente. Um escritor que renovou a língua portuguesa, publicando uma obra excecional e perdendo outra de igual valor.
Nascido no apogeu do império, testemunhando-lhe os primeiros sinais de decadência e as consequências do desaparecimento de D. Sebastião, a quem dedicou o seu poema épico, morto no dealbar da dominação espanhola, Camões celebrou e contestou os feitos do peito ilustre lusitano e pôs em verso as contradições de uma vida pelo mundo em pedaços repartida. Morreu doente, pobre e desalentado.
Coligindo e relacionando centenas de contributos, compulsando as fontes conhecidas, mas apresentando também dados novos, confrontando as lições adquiridas sobre a vida do autor de Os Lusíadas, Isabel Rio Novo reconstitui a época para reerguer o indivíduo, revelar aspetos escondidos durante séculos e assim restituir a história de uma personalidade extraordinária.
500 anos depois do nascimento de Luís Vaz de Camões, Fortuna, Caso, Tempo e Sorte é um avanço decisivo no conhecimento da biografia do homem e do poeta, em que o rigor da pesquisa se alia ao registo inconfundível de umas das grandes vozes da literatura portuguesa contemporânea.
A vida dos escritores
Interessa o que escrevem, mas pelos vistos também interessa quem são. Não é de agora: já há muito se busca a vida de quem inventa vidas. Eles inventam personagens, histórias, versos, e os biógrafos tentam descortinar quem foram.
Isabel Rio Novo: Camões e Agustina
Camões nasceu há 500 anos. Dele, conhecem-se as palavras. De um homem cujo nome todos os portugueses conhecem, de um poeta cujos versos são lembrados, é espantoso o quão pouco parece que se sabe. Salvou-se o que escreveu – tal como Camões salvou o que escreveu da água. E Isabel Rio Novo meteu-se na tarefa hercúlea de descortinar quem foi o poeta máximo da lusofonia.
Com prosa veloz, elegante e sem manias, a biógrafa é também uma das vozes mais relevantes da produção coetânea em Portugal. Além disso, já não é estreante nesta tarefa de ir buscar a vida à fonte, já que já antes escreveu sobre Agustina Bessa Luís. O Poço e a Estrada, publicado em 2019, é um trabalho meticuloso sobre uma das mais importantes autoras portuguesas do século XX, e também das mais profícuas. Romance, conto, ensaio, memória, biografia, peças de teatro, tudo lhe saiu das mãos. Enquanto mostra a autora, Isabel Rio Novo mostra também uma mulher pouco convencional. Tal não espanta quem saiba de onde vem o impulso para escrever. A biógrafa lançou mãos à obra como quem tenta fechar os vazios possíveis. O livro é o resultado de dezenas de entrevistas, consulta de cartas e documentários, recolha de testemunhos. Entre a biografia e a obra, há sempre uma ponte. O leitor atravessa-a a cada página, ligando ambos os lados, e lendo uma biografia de forma escorreita.
Enfim, depois de Agustina, veio o poeta maior. O livro Fortuna, Caso, Tempo e Sorte passou cinco anos no forno. Numa biografia que se lê como um romance – uma epopeia, vá –, vamos ligando o homem ao poeta. Dos versos vai-se à vida, e vice-versa. O trabalho é de fundo, a bibliografia é extensa, mas o livro, que é longo, é lido de forma escorreita. Parece que está lá tudo, até o olho perdido, e por isso Camões passa a Luís. O livro parece colmatar o que faltava: conhecimento estruturado, que fosse buscar a vida por trás da obra, não raras vezes explicando-a.
Enquanto mergulha no homem que é poeta, ou no poeta que afinal também é homem, na medida em que é mais conhecido pelo que escreveu do que pelo que fez ou foi, Isabel Rio Novo mostra o criador em toda a sua dimensão. Afinal, para os versos que fez – em especial, n'Os Lusíadas –, muito contribuíram as voltas dadas: o nosso poeta maior não se fez só em bibliotecas.
QUERO LER!
Bruno Viera Amaral: José Cardoso Pires
Tenho sempre a ideia de que José Cardoso Pires foi um amigo que não cheguei a conhecer. Entusiasma-me a Lisboa que descreveu, embora, em boa verdade, talvez só na literatura. Não só é mais do que nada como já é quase tudo. Tantas vezes passeei pelo Cais do Sodré ouvindo o seu sussurro vindo do British Bar. Quem lá passava via grupos, via copos: eu via-o escrever como se ainda lá estivesse. E, irremediavelmente, sentia remorsos de estar a ver a vida em vez de estar em casa a escrever sobre ela. José Cardoso Pires é um dos grandes da literatura, e um dos meus maiores. Será também um dos maiores de Bruno Vieira Amaral, pelo menos a julgar pela forma como escreveu sobre ele. Ao ler o O Integrado Marginal, o leitor viaja entre literatura e autor, vê texto e contexto ao mesmo tempo, vê de que forma se faz um escritor. Não será surpresa que não lhe faltem dúvidas na hora de criar.
QUERO LER!
Filipa Martins: Natália Correia
Os anos passam e parece que Natália Correia não chega a envelhecer. Em 2024, até as suas intervenções no Parlamento parecem atuais. É difícil esquecer o poema escrito à pressa para responder a João Morgado num debate sobre a interrupção voluntária da gravidez. Natália era densa, completa, complexa, uma das maiores em Portugal no século XX. O que produzia era simbólico e forte, obrigando o leitor a ir à caça dos sentidos. Filipa Martins meteu-se nisto de escrever a vida de uma das mais inquietas autoras da história da literatura portuguesa. O trabalho, também meticuloso, vai-lhe à arte e ao carisma. O Dever de Deslumbrar faz o mesmo que a biografa: deslumbra quem o lê.
QUERO LER!
Patrícia Reis: Maria Teresa Horta
Biografar vivos há-de ser pior do que biografar mortos.
Isabel Rio Novo de A a W
«Verdade, amor, razão, merecimento
Qualquer alma farão segura e forte,
Porém, fortuna, caso, tempo e sorte
Têm do confuso mundo o regimento.»
É com este poema, que inspirou o título de Fortuna, Caso, Tempo e Sorte – Biografia de Luís Vaz de Camões, que Isabel Rio Novo nos convida a entrar nas mais de 700 páginas (notas finais incluídas) que dedicou à vida do maior poeta português. A autora de ensaios, biografias e romances guia-nos agora pela História, apoiada em documentação antiga e recente, para nos trazer, 500 anos depois do nascimento de Camões, uma visão abrangente e rigorosa da grande figura que este foi, e continua a ser, do homem à ideia que dele se foi construindo. Ao longo de cinco anos de investigação, que incluiu viagens a Goa – onde descobriu o paradeiro de um retrato do poeta que andava extraviado – e a Moçambique – onde Camões viveu dois anos –, Isabel Rio Novo teve sempre a preocupação de reconstituir rigorosamente a época quinhentista, fulcral para entender os conceitos cujo sentido se vai perdendo com o tempo.
Perante as muitas incertezas sobre Camões, a começar pelo local onde nasceu – que pode bem ter sido o Porto –, Isabel Rio Novo consegue o feito de nos pôr a olhar através de um magnífico caleidoscópio do qual cada um fará a interpretação possível, dadas que estão as cores e as nuances com que o tempo pintou o retrato deste homem. Os capítulos desta biografia indispensável têm títulos tão cativantes como «Mocidade Florida», «Barca de Vidro Sem Leme», «Outra vez acometendo os duros medos» ou «Ninguém, que nisso enfim se torna tudo», quase sempre retirados aos versos de Camões, pois impossível seria não se deixar contagiar pela beleza e sentido profundo das letras do poeta, ao sobre ele escrever.
Encantados que ficamos com um primeiro e leve vislumbre desta obra, que tanto nos revela, e tão bem, pedimos a Isabel Rio Novo que nos dedicasse uma frase por cada letra do nosso abecedário (que não podia, desta vez, acabar no W). Saboreie, também, esta aguarela da vida camoniana.
De A a W
Isabel Rio Novo
A – Amor. O grande tema da poesia de Camões.
B – Barreto. O apelido do governador da Índia com quem Camões se incompatibilizou.
C – Coutinho. O apelido do vice-rei da Índia que favoreceu o Poeta. Chamava-se Francisco, tal como o anterior.
D – Desterros. Camões sofreu vários, ao longo da vida, por questões de amores e não só.
E – Espada. Camões, que foi Poeta e soldado, dizia ter «numa mão a espada, e na outra a pena». Usou-as bastante.
F – «Fortuna, caso, tempo e sorte». Governavam o mundo, segundo Camões. Talvez tivesse razão.
G – Goa. A capital portuguesa no Oriente na época de Camões e uma espécie de Babilónia, segundo as palavras do Poeta.
H – Homiziado. Camões foi homiziado no Norte de África, onde combateu e perdeu um olho.
I – Inês de Castro, a «mísera e mesquinha que depois de morta foi rainha» e inspirou uma das mais belas passagens de Os Lusíadas.
J – Jau. Os biógrafos antigos referiram-se assim ao escravo ou escravo alforriado (talvez javanês), de nome António, que Camões trouxe do Oriente e a quem era muito afeiçoado.
K – Khan. Adil Khan, Yusuf Adil Shah ou, na versão adulterada pelos portugueses, o Idalcão, senhor de Goa até Albuquerque terríbil ter conquistado a cidade.
L – Os Lusíadas, a epopeia da chegada dos portugueses à Índia e obra-prima de Luís Camões.
M – Malcozinhado. Era o nome que, na época, se dava aos estabelecimentos noturnos onde se servia comida barata e se fazia a festa. Camões conheceu uns quantos.
N – Ninfas. As numerosas filhas de Tétis e do Oceano, segundo a mitologia pagã. As Tágides, do Tejo, são invocadas no início de Os Lusíadas; outras recebem os marinheiros portugueses na Ilha dos Amores, já durante a viagem de regresso ao Reino.
O – Olimpo. Júpiter, Vénus, Baco e os outros habitantes do Olimpo acompanham e interferem na aventura do Gama e dos companheiros.
P – Parnaso de Luís de Camões. Assim se chamava o livro que Camões tinha em preparação na Ilha de Moçambique e que perdeu ou lhe furtaram, no regresso ao Reino.
Q – «Que grande variedade vão fazendo…». É o primeiro verso da écloga que assinala as mortes de D. António de Noronha e do Príncipe D. João, pai de D. Sebastião, e que Camões considerava a «melhor que já tinha feito».
R – Retratos. Conhecem-se apenas dois retratos de Luís de Camões feitos em vida deste. Um foi desenhado estando o Poeta na prisão de Goa. Do outro só resta uma “cópia fidelíssima”, realizada no século XIX a partir do original (entretanto perdido) pintado por Fernão Gomes.
S – D. Sebastião, a «maravilha fatal» a quem Os Lusíadas foram dedicados e cuja morte, em Alcácer Quibir, foi devastadora para Camões e para a nação.
T – Tronco era o nome que se dava, na época, à prisão. Camões conheceu o de Lisboa e o de Goa, por onde passou mais do que uma vez.
U – «Um não sei quê, que nasce não sei onde,/ vem não sei como, e dói não sei porquê». Uma das definições poéticas do amor, segundo Camões.
V – Vénus e o Velho do Restelo. Ela fez tudo para que os portugueses chegassem à Índia. Ele não concordava com o empreendimento. Duas grandes personagens de Os Lusíadas.
W – WOOK, o melhor lugar para encontrar Camões.
X – Xavier, São Francisco. Fundador da Companhia de Jesus, missionário nas partes do Oriente e sepultado em Goa ao tempo de Camões. O Poeta, que não apreciava propriamente os jesuítas, mal falou dele.
Z – Zodíaco. Camões interessou-se pela «profética ciência» da astrologia, como a maioria dos homens e mulheres do seu tempo, acreditando que o horóscopo influía no destino do indivíduo.
Propriedade | Descrição |
---|---|
ISBN: | 9789896663179 |
Editor: | Contraponto Editores |
Data de Lançamento: | junho de 2024 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 151 x 239 x 38 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 728 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Biografias |
EAN: | 9789896663179 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |