A Curva da Estrada

de Ferreira de Castro

editor: Guimarães Editores, outubro de 2009
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«... o directório é constituído por arrivistas ambiciosos, que não querem outra coisa senão trepar à custa dos velhos militantes. Não cessam de prometer às massas aquilo que eles sabem muito bem que não lhes podem dar e não hesitam em caluniar aqueles que lhes podem fazer sombra... Para eles, só eles próprios são socialistas verdadeiros; os outros são todos uns reaccionários....» Ferreira de Castro (1898-1974) é um dos mais significativos romancistas portugueses, traduzido e lido em todo o mundo e também dos mais apreciados em toda a vasta comunidade onde se fala a língua portuguesa.
Alguns dos seus romances retratam um Brasil apaixonante, misterioso e revelador, outros penetram no húmus português e outros ainda ocupam-se dos problemas trágicos de um mundo dilacerado que procura descobrir a sua verdade.
O que descobrimos, porém, em qualquer dos romances de Ferreira de Castro é a mesma profunda paixão pelo destino do homem, o seu apego a uma verdade fundamental que se alicerça na conquista de um ideal de liberdade humana.
Não é possível pensar no romance português deste século sem, de imediato nos referirmos a Ferreira de Castro como precursor do neo-realismo, ao seu nome e à sua obra, de tal modo nos surgem como essenciais para a pesquisa do quotidiano.

A Curva da Estrada

de Ferreira de Castro

Propriedade Descrição
ISBN: 9789726650690
Editor: Guimarães Editores
Data de Lançamento: outubro de 2009
Idioma: Português
Dimensões: 144 x 205 x 18 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 272
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789726650690
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
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A Curva da Estrada

Francisco Simão

Recordar e reler Ferreira de Castro eu diria que é quase uma obrigação de cidadania. A Curva da Estrada talvez seja um dos menos conhecidos contos deste autor. Ainda assim, é importante relê-lo, pois apesar de se passar num outro tempo passado, ainda é uma leitura perfeitamente atual e uma lição para os tempos de hoje. Quem me dera que tantos responsáveis atuais o lessem... e tirassem a lição devida!

Ferreira de Castro

José Maria Ferreira de Castro nasceu em Ossela, Oliveira de Azeméis, a 24 de maio de 1898. Oriundo de uma família de camponeses pobres, fica órfão de pai aos oito anos e emigra, em 1911, com doze anos e a instrução primária, para o Brasil. Por algumas semanas trabalha em Belém do Pará, mas não tarda a ser expedido para o interior da selva amazónica. Permanece ali quase quatro anos, tempo em que escreve contos e crónicas que envia para jornais do Brasil e de Portugal. Com 14 anos redige Criminoso por Ambição, o seu primeiro romance que, mais tarde, aquando do seu regresso a Belém do Pará, em 1916, publica em fascículos e vende de porta em porta. Lança-se igualmente no jornalismo, colaborando assiduamente em jornais e revistas do Brasil.
Já senhor de grande fama no jornalismo brasileiro, decide, após o intenso contacto com os seus compatriotas lhe ter feito renascer as saudades da pátria, regressar a Portugal em 1919 com apenas quatrocentos escudos no bolso. O êxito obtido no Pará é, contudo, totalmente ignorado em Portugal. Vive períodos de absoluta miséria e passa dias inteiros sem comer quando reinicia a sua dupla faina de repórter e escritor. Em 1934, decidirá abandonar o jornalismo, devido à censura prévia nos tempos difíceis da ditadura. Mais tarde afirmaria que «(...) a censura tem, porém, uma virtude: é demonstrar quanto vale ser um homem livre, um povo livre!» (in Mensagem, 1946)
Publica, em 1928, o romance «Emigrantes» e «A Selva» em 1930, acompanhados de estrondoso êxito nacional. Sobre estes livros, o crítico literário Álvaro Salema, em artigo publicado no jornal O Comércio do Porto, de 12 de maio de 1953, afirma: «A publicação de "Emigrantes", em 1928, fixou uma data na história literária portuguesa, que é também um ponto de partida decisivo. (...) Ferreira de Castro desvendou com "Emigrantes" e logo a seguir com "A Selva" um novo roteiro para a criação literária no romance, na novela e no conto (...)».
Seguir-se-á, a um ritmo regular, a publicação de outros romances: «Eternidade» (1933), «Terra Fria» (1934), «A Tempestade» (1940), «A Lã e a Neve» (1947). No período imediato ao pós-guerra, Ferreira de Castro torna-se um dos autores mais lidos em Portugal e no estrangeiro - onde a literatura portuguesa pouca expressão tinha. As suas obras estão editadas com sucesso em mais de dez línguas (em França é traduzido por Blaise Cendars) e, com a 10.ª edição de «A Selva», atinge a fasquia de meio milhão de exemplares vendidos em todo o mundo com um só livro.
Durante este mesmo período, Jaime Brasil publica o opúsculo Os Novos Escritores e o Movimento Chamado «Neo-Realismo», reivindicando para Ferreira de Castro a condição de iniciador — e não apenas precursor — do realismo social na literatura.
A fama e o reconhecimento do autor não mais cessarão de crescer. Em 1949, a sua editora, a Guimarães, inicia a publicação das Obras Completas do autor, ilustradas por nomes como os de Júlio Pomar, Keil do Amaral, Sarah Affonso, Artur Bual, João Abel Manta, entre outros.
Nos anos cinquenta publica, entre outros, os romances «A Curva da Estrada» (1950), «A Missão» (1954) e «O Instinto Supremo» (1968).
Ferreira de Castro foi, por diversas vezes, proposto para o Prémio Nobel e, por outras, recusou sê-lo, em detrimento de outros escritores portugueses.
Ferreira de Castro morre no Porto a 29 de junho de 1974. Apenas um ano antes a UNESCO anunciava que «A Selva» estava entre os dez romances mais lidos em todo o mundo.
Consagrado como uma das maiores figuras da literatura portuguesa, sobre ele escreveu Óscar Lopes: «foi o primeiro grande romancista português deste século que se determinou por problemas objetivos e não apenas por impulsos íntimos».

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